Dar banho a um gato pode ser uma experiência stressante, tanto para o próprio gato, como para o tutor. A boa notícia é que, como passam grande parte do dia a cuidar da própria higiene, os banhos raramente são necessários. Ainda assim, acidentes acontecem, por isso mais vale estar preparado e saber o que deve fazer caso tenham de ir ao banho.

Por certo que já ouviu ou até já usou a expressão “banho à gato”, que serve para ilustrar um banho curto, em que a pessoa apenas se molha ou passa com um pano húmido por algumas partes do corpo, e que termina rapidamente. No entanto, no caso dos gatos, estes banhos servem na perfeição. Uma vez que passam grande parte do dia a cuidar da própria higiene – cerca de duas horas por dia – por norma não necessitam de tomar banho, como no caso dos cães.

Como são animais muito asseados, manter o pelo limpo é uma das suas prioridades e a sua língua áspera é perfeita para limpar e lavar, bem como para remover os pelos mortos (não é à toa que acabem por formar bolas de pelo no estômago, que conseguem eliminar pelo vómito ou nas fezes).

Apesar de não necessitarem da sua ajuda na hora de tomar banho, os gatos de pelo comprido podem beneficiar do seu auxílio para a manutenção do pelo, nomeadamente para desembaraçar alguns nós que se vão formando com o tempo ou ajudar a remover o pelo morto, mas são raras as vezes que necessitam de ir ao banho, desde que permaneçam dentro de casa e que sejam saudáveis. Então, em que situações o gato precisa mesmo de tomar banho?

 

Quando deve dar banho ao gato

São várias as razões que podem justificar a necessidade de dar banho ao seu gato, nomeadamente pela presença de parasitas externos, como pulgas, se conseguiu fugir, teve alguma aventura na rua e voltou para casa muito sujo e com um odor forte, ou caso alguém da família seja alérgico a gatos. Neste caso, a lavagem pode eliminar o pelo morto e as escamas da pele, o que diminui o potencial alérgico dos gatos.

Como não são especialmente fãs de água, dar banho a um gato pode ser stressante, e até mesmo traumatizante, tanto para o gato, como para o tutor, e pode mesmo afetar a relação de confiança que o gato tem consigo. O ideal é que comece a habituá-lo a dar-lhe banho quando ainda é gatinho, durante a etapa de socialização, para que se vá acostumando e, quem sabe, até pode vir a gostar.

gato dentro de uma bacia a tomar banho

Como dar banho: conheça o processo

 

Antes de mais, pode ser boa ideia começar por cortar-lhe as unhas, talvez alguns dias antes, para que não fique logo em stresse. Durante o banho, o mais certo é que o gato se assuste com a água e tente fugir, acabando por arranhar-lhe os braços e as mãos. Ter um tapete antiderrapante na banheira também pode ser uma boa solução, pois assim não vai escorregar com tanta facilidade.

Depois respire fundo e garanta que tem à sua volta tudo o que precisa, que a água está à temperatura ambiente e que vai usar um champô indicado para gatos (não, o seu champô não é o mais adequado, pois pode provocar-lhe alergias). Evite usar o jato do chuveiro, que pode assustá-lo, e utilize antes um recipiente para o ir molhando gradualmente.

Garanta ainda que o local onde vai dar banho ao gato está aquecido, para que não fique com frio, e tenha uma toalha por perto quando terminar o banho para o limpar, já que a maioria tem medo da água e o mais certo é ficar em stresse. Por isso mesmo, usar o secador está fora de questão.

 

Peça ajuda

Se tiver mesmo de dar banho ao seu gato, equacione pedir ajuda a um familiar ou amigo que esteja habituado a lidar com gatos. Assim, enquanto um segura o animal, o outro pode aplicar o champô, passar o pelo por água e ajudar a manter a calma. Sim, porque o mais importante é que mantenha sempre a calma, para não assustar ainda mais o gato.

No final, garanta que retirou todo o champô (após o banho, vai limpar-se durante bastante tempo, pelo que convém não lamber resíduos de champô) e não se esqueça de lhe dar uma recompensa, por exemplo o seu snack preferido ou uma lata de comida húmida, para que possa associar o banho a um momento positivo.

Por fim, não se esqueça de lhe dar o seu espaço: provavelmente não irá querer ir para o seu colo nos próximos dias. Mas mais cedo ou mais tarde, acaba por regressar ao comportamento normal.